Em que situações a indenização pode ser negada ou reduzida?
A indenização de um seguro pode ser negada ou reduzida em várias situações, conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A seguir, são listadas algumas das principais circunstâncias
SEGUROS
6/6/20242 min read
Em que situações a indenização pode ser negada ou reduzida?
A indenização de um seguro pode ser negada ou reduzida em várias situações, conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A seguir, são listadas algumas das principais circunstâncias:
1. Omissão ou Falsidade de Informações: Se o segurado omitir ou fornecer informações falsas no momento da contratação do seguro ou durante o processo de sinistro, a seguradora pode negar a cobertura. Isso inclui a não declaração de doenças preexistentes em seguros de vida ou saúde.
2. Inadimplemento das Obrigações Contratuais: O não cumprimento das condições estabelecidas na apólice, como a falta de pagamento dos prêmios, pode resultar na negação da indenização.
3. Aumento Deliberado do Risco: Quando o segurado adota comportamentos que aumentam deliberadamente o risco de sinistro, como entrar com o veículo em uma área inundada durante uma enchente, a cobertura pode ser negada. O STJ reconhece que esse comportamento caracteriza negligência do segurado.
4. Eventos Excluídos na Apólice: Algumas situações específicas, como atos de guerra, terrorismo, e danos causados por desgaste natural, são normalmente excluídas das apólices de seguro. A seguradora não é obrigada a indenizar nesses casos.
5. Casos de Força Maior ou Caso Fortuito: Em determinadas situações, eventos imprevisíveis e inevitáveis (força maior) podem ser considerados motivos para exclusão da responsabilidade da seguradora, desde que previstos na apólice. No entanto, a jurisprudência do STJ enfatiza a responsabilidade objetiva das seguradoras em diversas situações, mesmo quando envolve caso fortuito ou força maior.
Entendimento do STJ
O STJ tem enfatizado a necessidade de clareza e transparência nas apólices de seguro, destacando que todas as exclusões devem ser explicitamente informadas ao segurado. A omissão ou ambiguidade nas cláusulas restritivas pode ser interpretada em desfavor da seguradora, devido à aplicação do princípio da boa-fé e da função social do contrato. Além disso, a jurisprudência do STJ reforça que a responsabilidade da seguradora deve ser analisada considerando a previsibilidade e a evitabilidade dos eventos.
Conclusão
Para evitar surpresas desagradáveis, é fundamental que o segurado leia atentamente a apólice e conheça as situações que podem levar à negação ou redução da indenização. Em caso de dúvidas, a consulta a um advogado especializado é crucial para garantir a proteção dos seus direitos e assegurar que as cláusulas contratuais sejam interpretadas de maneira justa e transparente.
Alerta: As informações prestadas neste blog destinam-se ao público em geral e têm conotação informativa, com o objetivo de educar sobre direitos. Deliberadamente, utilizamos uma linguagem mais simples e acessível, buscando esclarecer e bem informar sobre temas complexos do direito. É importante ressaltar que, para questões específicas e complexas, a consulta a um advogado especializado é imprescindível para obter orientações precisas e personalizadas.
Sobre nós
Conheça nosso escritório de advocacia com mais de 20 anos
Contato
escritorio@mauriciosolano.adv.br
Mauricio Solano, Salles & Passos Advogados Associados
CNPJ 14.766.925/0001-52 | E-mail: escritorio@mauriciosolano.adv.br